O
Manel, de coração dorido e melindrado da angústia de tanto esperar, sonha com o
dia em que vai dizer, de convicção na voz, amo-te.
Sonha com a oportunidade de alguém, que não o gato ou a varanda a descoberto, o
ouvir dizer, gosto de ti. A alma, de
tão cansada e perdida, esqueceu-se de pedir, ao mesmo tempo, de escutar, também
ele, um gosto de ti, Manel. E sonha.
Acalenta a alma, desta forma. Contudo, em iminente desistência. Pesado, até
chegar o momento, se esse chegar, permitindo-se duvidar, vai pintando a
aguarelas, em telas deitadas. Pinta as almas às cores, define ele. Assim,
acredita na felicidade estendida aos salpicos, sobre o branco inócuo. Conhece a
diferença no corpo. Também por isso, sonha com o dia em que, apenas, sobrando
as almas, o deixem conjugar, dizendo em viva voz, o verbo amar. E, peço eu, lhe
deixem ouvir um sincero e conjugado modo do mesmo verbo. Amar.
Consigo.....compreender o Manel..
ResponderEliminaré um tema que me tem acompanhado as horas desacompanhadas de outros pensamentos...
Beijinhos Real!
A frontalidade e a humildade do Manel são comoventes. Pelo melhor do seu coração. Também consigo compreender. Ou, julgo eu, consigo perceber. Porque medos todos temos. Lidar com eles é diferente, cada um toma o seu jeito. Dá que pensar o relato do Manel.
EliminarBeijinhos.
É uma coragem que não tem meios nem fins. :)
ResponderEliminarNão tem, é verdade. Comoveu-me ouvi-lo, pelas melhores razões. Se é que pudemos colocar desta forma.
EliminarO Manel é portentosamente talentoso, até na forma como gere o que guarda só para si. Há, de facto, quem torne as coisas especiais :)