27.1.14

O significado preciso de um termo.

No bar, seguido da entrada de um qualquer conhecido hotel da região, presumo, enquanto esperava, estava uma rapariga com perto de vinte e cinco anos, sentada enviesadamente num sofá vermelho sangue rutilante, de tão vivo, parecendo pelúcia. Com umas jeans apertadas, uma blusa de grossa malha de cor forte, como que, fugindo à cor natural da lã. Nos pés, uns ténis da mais falada marca do momento. Colado ao ouvido, um iPhone mascarado com o padrão do felídeo da moda, o leopardo. Entretida, mexia e voltava a mexer numa das madeixas soltas do cabelo alourado. Aos pés, pousada no chão, uma mala de pele escura ostentando a distinção e o alto valor da mesma. Nas costas do vigoroso sofá, um imponente e destacado quadro de arte moderna. Tinha, também, um relógio dourado no pulso esquerdo. Não consegui deixar de reparar. Era magra, as linhas do rosto davam-lhe um ar jovem e descontraído. Era bonita. Depois, como que ignorando tudo e todos à sua volta, desligou a chamada e levantou-se. Pegou na reputada mala e seguiu caminho. Agora, direita. Foi para a rua, junto à entrada. Tirou um cigarro e acendeu-o. Fumou-o divertida. Ria-se sozinha. Chegou alguém. Um homem bem mais velho. Apagou-se tudo, o cigarro também.

2 comentários:

  1. e lá foram..... ;)
    a felicidade não se esconde pois não?
    beijinhos Real

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    1. E lá foram! :)
      Quero acreditar que nada se esconde. Ainda mais, a felicidade.
      Um bem tão escasso, não é merecedor de uma vida castrada e escondida.
      O seu a seu dono. Haja consentimento.
      Beijinhos, Lena.
      Até já!

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