29.1.14

O verde alface.

Do tilintar da campainha, surge a rigor o homem que carrega o correio. De porta em porta. De rua em rua. De estação em estação. Carrega-o envolto. Prenhe de notícias. Procura os números e moradas. Os que ainda não reconhece. Entrega-o. É o fim. Do que lhe compete. Na caixa do correio de casa, protegida da chuva que, ora carrega, ora alivia. Guarda uma encomenda. O remetente é simpatia, amizade. Também é educação de primeira e intelectualidade sem esforço. É o compromisso de não esquecer, mesmo que a distância leve a melhor. Os notebook são uma referência. São o esquecer fingir. São memórias riscadas. Assinaladas. Assinadas. Embrulhado, estava um. Vizinho do livro que guarda apontamentos, estava um envelope, verde alface. Dentro, palavras sinceras e causadas da saudade. Termina com um cumprimento pejado de afecto. Sem peças do maquinismo. Cativado. E grato.

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