Do
tilintar da campainha, surge a rigor o homem que carrega o correio. De porta em
porta. De rua em rua. De estação em estação. Carrega-o envolto. Prenhe de
notícias. Procura os números e moradas. Os que ainda não reconhece. Entrega-o.
É o fim. Do que lhe compete. Na caixa do correio de casa, protegida da chuva
que, ora carrega, ora alivia. Guarda uma encomenda. O remetente é simpatia,
amizade. Também é educação de primeira e intelectualidade sem esforço. É o
compromisso de não esquecer, mesmo que a distância leve a melhor. Os notebook são uma referência. São o esquecer
fingir. São memórias riscadas. Assinaladas. Assinadas. Embrulhado, estava um. Vizinho
do livro que guarda apontamentos, estava um envelope, verde alface. Dentro,
palavras sinceras e causadas da saudade. Termina com um cumprimento pejado de
afecto. Sem peças do maquinismo. Cativado. E grato.
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