24.2.14

Servir-se da validade de cismar.

Larguei-me da pressa de chegar ao destino quando me vi obrigado a parar, sob a chuva levezinha, numa rua movimentada para ver, com atenção, um cartaz. Não é cinema, tampouco teatro. Também não é televisão. É arte que se faz num espectáculo aberto. Começa imediatamente na cabeça. Quando num golpe de rasgada inocência e criatividade, numa noite profundamente perturbada, alguém se lembra. Alguém tem a ideia e a magica, noite dentro, até lhe fazer ainda mais sentido. A rumina sem espaço para intervalo. Porque artista sofre, inclusivamente, nesta fase. Nas outras também. E, sem pensar em mais nada, parei para ver com atenção. Imponente, não tanto no tamanho, mas na criatividade e empenho. O talento está onde menos se espera. Sem moldura dourada que o adornasse, brilhou por si só. Vale por si. Quero ir. Mais não seja, pelo cartaz. Vale tudo!

2 comentários:

  1. Quando se embica com uma coisa tem mesmo é que se levar para a frente...vai pelo cartaz!

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  2. Nada, obrigado! :)
    Embiquei, de facto, neste cartaz e na ideia de que há muito mais do que o óbvio.
    Apelativo, como apelativa é a tua sugestão, de levar para frente, assim nos faça sentido.

    Ah, e obrigado pela partilha da palavra embica, há muito que não a ouvia ou lia :)

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