Tenho
uma pessoa especial. Desde os tempos em que nos sentávamos lado a lado e
partilhávamos mais do que um lugar. Tenho a sorte de ter uma pessoa especial.
Não sei se é assim que se chama, mas apetece-me. Se posso colocar o sentimento
nestes termos, porquê evitá-lo? Questionei-me, acreditem, neste instante. Nunca
me havia assaltado a dúvida, senão agora. Mas, dizia, tenho uma pessoa
especial. Por várias razões, diferentes termos, imensos anos, tantas
experiências, diversas partilhas, quantas conversas, grandes silêncios,
repetidas chamadas, inequívocas e sucessivas mensagens. Dos sms, se preferirem. Das outras também,
as subliminares. Não é Ela. Agora.
Mas é uma pessoa especial. Senão, a minha pessoa especial. Neste período, não é
sexo, não é carnal. É, insisto, especial. E, sempre que é esta pessoa que me
conduz, ao entrar-lhe no carro, pergunta-me pela escrita. Pergunta-me quando
ganho coragem. Quando volto a escrever como deve ser. Por seu turno, quando sou
eu que a conduzo, entra-me carro adentro e pergunta-me, um sem número de vezes,
quando volto a escrever. Quando é que escrevo e não jogo fora. Nunca sei como
responder. Escrevo, mas de outra forma. Com outra visão. Mas agradeço-lhe a
insistência. Fá-lo sempre que se lembra. Porque é especial. Disserto sobre ti
enquanto ouço uma música antiga que sucede outra ainda mais antiga. O que é
especial não finda. Seja na escrita, seja na definição do que sentes. Mesmo
que, ao longe, nos falte o verbo. Adapta-se. Possivelmente.
As pessoas especiais. Aquelas que nos conhecem. :)
ResponderEliminarAs pessoas especiais...são muito mais que físico e carnal...
ResponderEliminarsão as verdadeiras especiais :)
Beijinhos
Raquel,
ResponderEliminarAssim mesmo. São especiais por isso. Por nos conhecerem. E por as conhecermos tão bem :)
Nos Entas,
ResponderEliminarÉ isso, precisamente. As pessoas especiais vão para lá do corpo. São como são. Conhecemo-las assim. E somos como somos. Conhecem-nos assim :)
Beijinhos.
Até já!