Guardo
do ano passado, uma imagem que para mim, foi a Moda Lisboa. Este ano, não tenho
ideia do movimento e do trajecto dos nomes expostos. Dos desfiles e da
arquitectura. Bem sei, devo manter a ressalva de que não sou o mais versado
na área, mas vêem-se expressões. Não fui, nem passei perto do Pátio da
Galé. Não estou em Lisboa, como se vem fazendo rotina. E terminou ontem. Uma
amiga teve convite. Guardou-o e, soube há instantes, esqueceu-se que o tinha,
desligou as datas. Não foi. Fica obrigada agora a guardá-lo na gaveta dos
problemas de expressão. Com alfazema ao lado. Mas, Moda Lisboa para mim, pelo
menos, no ano transacto, é a imagem daquela mulher à entrada, vestida para
sair, atarefada entre a mala ao ombro, o relógio e as pulseiras num balanço, a
mão esquerda no cabelo à solta, a máquina fotográfica a pender-lhe da mão
direita, as revistas e o caderno a balançarem-lhe presos pelo braço. O sorriso
rasgado. Vestida de forma elegante e descontraída. A jovem mulher conseguiu a
proeza. Numa montra de momentos em que cada um sente o que quer. E admito, não
merece a pena que me perguntem quem passou o quê. Guardo, somente, esta imagem.
Aquela moça mulher, tal como a descrevi, com a montra da Moda Lisboa lá atrás.
E foi muito giro.
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