A
passadeira vermelha importa, com certeza. É o entremeio, do que mais vezes vem.
Noutra asa golpada pela extensão do que vem de um ano voltado para a sétima
arte. A cada ano, é um voltar-lhe aos braços. Mudam, quando mudam, os nomes e
os cabeça de cartaz. Faz parte. É, ao pisar o vermelho, que se toma nota das
mais turbinadas palavras e figurinos. É o que, para alguns, no dia seguinte, se
sobrepõe aos vencedores temidos e aos vencidos perdidos em pensamentos. Um
mundo tão próximo do outro. Às tantas, sei que me cansa a ideia de ficar, uma
vez mais, a ver a prolongada e, por vezes, desajustada noite dos Óscares. Mas
ao contrário, vou insistindo. A cerimónia guarda menos surpresas. Já não
aposto. Não tenho dedo para a coisa. Premiar a objectiva é tramado. Escolher o
melhor entre tantos, também. Na arte. Que é logo a senhora do que ultrapassa o
físico. A dona que se suporta no espírito. Claro que faz sentido a passadeira
vermelha. Ali vivem-se corpos. Mais ou menos vestidos. Cores e tecidos
trabalhados. Quer queiramos, quer não, será sempre assim. Discute-se a arte.
Seja no palco, de título no punho, seja na passadeira, de ansiedade e expectativa
no peito. É o que prevalece. As emoções.
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