17.3.14

Gira a roleta falida.

Apreende o coração de muitos. É alimento de conversas várias. É cimento que não molda nas ideias de inúmeros. Capatazes de uma roda. Gira a roleta. Surpreende a revolta que não acontece. Embasbaca com o ponteiro da indiferença e da aversão à diferença. Vinga, na sociedade que grita a liberdade e preconiza a fórmula do interesse superior do indivíduo menor e maior, mas resume-se à orientação que repele, que joga com o atentado à palavra e ao acto. Sem assumir a vergonha de castrar. Julgam libertinagem, pois alguma vez ganharam de ouvido, agigantando o tormento do outro. Hoje é um dia igual aos outros. Para tantos de nós, será. Não tenho dúvidas. Para tantos outros, festeja-se ainda a bruteza de um acto. De uma acção que tem consequências. Para os restantes, maldizem, passado o fim-de-semana, a decisão mal adornada. Pouco me importa se foram uns inóspitos cinco votos. Como se a vida e a individualidade fossem roleta nas mãos de terceiros. Como se juntar votos, muitos ou nenhuns, fosse orientação. É, bem sabemos, uma opção que convém. É o não quero saber. Antes, um deitar por terra. Camuflar com votos que desconhecem as chamas de um momento eterno. É, antes, entrar pela porta sem bater nem receber autorização. É um jogo falido e rafeiro. Rápido. Mas é de pessoas que falamos, depois dos números e das decisões finais. Foram cinco votos que, para mim, nada importam. É nacional. E não foi nada bom. É furtar. Sem pensar nem olhar. Lamentável.

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