Os
nós das mãos disputam atenção com as veias tão salientes. Pousadas, uma sobre a
outra, as mãos agarram com a fé de quem espera não perder a segurança, na
bengala. A força de se manter em pé. Castanha, de berloques trabalhados, a
bengala ajuda-o no percorrer daquele lugar. Calça umas botas grosseiras da cor
do caramelo, veste umas calças vincadas, de um verde seco. Cobre o tronco que
veste uma blusa, com uma camisa grossa, axadrezada, em jeito de casaco. Na
cabeça, o chapéu. Também castanho, mas bem mais escuro. Não sei se por aqui,
lhe chamam chapéu. Apropriei-me do meu termo. Junto ao mar, na praia de
pescadores, salvando a já pouca destreza física, mantendo-se no paredão. Mas
curva-se para ver. As pequenas embarcações por ali, o mar quieto. À volta, as
redes tão características da pesca. As caixas que carregam ou já trouxeram o
peixe. Os pescadores a falar, ouvem-se alto, enquanto mexem no peixe. No ar, as
gaivotas sobrevoam. Num executar de bailado típico de quem procura alimento. É
um quadro feliz. Daqueles em que os protagonistas vivem. Não se limitam a concordar.
Saudades de presenciar um cenário assim...faz-me sentir em casa quando acontece =)
ResponderEliminarÉ um cenário que vale por si. Que conta estórias, descrevendo-as, só de o olharmos. Embora, nada tenha que ver com as minhas memórias de petiz, é uma imagem que me diz muito. É a liberdade e o trabalho, se quisermos, condenados de mãos dadas. Contraditório. Mas belo :)
ResponderEliminaro questionamento é vital.
ResponderEliminarLê Fernand's,
ResponderEliminarObrigado!
É verdade, tão fundamental como outras prioridades que nos surgem naturalmente. Talvez por isso, tão difícil :)