Vem
do resto do mundo. Grafismo nas palavras. Mas nem sempre confiável. Porque o
molde alheio não quer saber da tua individualidade. Não quer saber, ponto.
Aniquila a franqueza de teres como condição, o direito de sentires tudo conforme
te pareça real e realmente sincero. Em todos os casos, todos sempre tão específicos
é um primor fundamental. Não quer mesmo saber disso. O resto é conversa.
Conversa da fraca. Quem tem medo compra um cão. Quem não tem importância para
recusar o medo, escolhe como desenho da conversa e dos actos realizados,
comprar um cão. Porque nas revistas da especialidade está em letras garrafais e
em fotografias de passerelle, porque
a amiga que escreve sobre tendências lhe contou enquanto tomavam um café,
porque o amigo a quem lhe gabam frequentemente a farpela, vestia o padrão num
desses dias, porque nas lojas estão por todo o lado. Tanto lhe dizem que está
na moda, que escolheu as pintas. Escolheu, bem sabemos, um Dálmata. Agora,
passeia-se de tendências por uma trela. De manhã, à tarde e à noite. Parece tão
fácil. Banal como nunca ter trabalho e rigor. Seja interior, seja exterior.
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