A
janela de cortina a balançar, debaixo ou no enquadramento do que se seguirá
adiante, é o ponto de partida, por dela soar pátria. O céu azul suave, quase
imaculado, não fossem as ternurentas, embonecadas e salpicadas nuvens.
Desmaiadas, é certo. Ainda assim, nuvens. O sol oferecendo brilho, luzindo
pelos cantos vários. Os azulejos azuis e brancos. Tradição, característica,
coração português. Calçada portuguesa, em tom sim, tom não. Num aparece e
desaparece de figuras típicas. Avenida acima. As riscas na blusa, a saudade do
azul e branco que lembra a maresia. A memória a funcionar, as lembranças a
jorrar. A barbearia, no sentido oposto, de cadeira de comando. De espelhos
gastos do tempo, como o couro. Só isso. O verde é sombra. A madeira é repouso.
Calçados, os ténis que repetem a saudosa marca da adolescência. O sorriso faz parelha
com a gargalhada. São proporcionais à dimensão do lugar que açambarca o todo deste
quadro. As pernas cruzadas. As mãos sem sossegar. A máquina fotográfica
pousada. Depois, terminei cortando o cabelo. E aparando a barba. Com óculos de
ver.
tantas memórias envoltas nesse quadro tão simples e completo...
ResponderEliminarBonito.....até porque o que é nosso é BOM! e há tanto nosso desvalorizado..
Beijinhosss
Nos Entas,
ResponderEliminarÉ certo que sim. A minha mãe sempre disse que a simplicidade é tão ou mais complexa do que a exuberância. E tinha razão. Cada vez mais, lhe entendo as palavras.
Portugal é especial. Por todas as razões :)
Beijinhos.