11.7.14

Plano de uma peça.

O carro num tom verde alface, tão chamativo como desconcertante no meio-termo e inócuo corredor de estacionados. Todos de cores iguais. Junto à praia, permitindo avistar os muitos chapéus-de-sol, também eles todos similares. Quase repetidos. Dois ou três tonalidades. Duas ou três marcas expostas. A postos, os nadadores salvadores. As ondas a rebentar levemente, os pés a conhecerem a temperatura do mar. As toalhas estendidas, os corpos a ganhar cor. O sol a dispensar detalhe, dá de oferta uma vida diferente aos lugares. Jogam à bola e não dispensam as raquetas típicas. Ouvem-se vozes sem parar. Por trás, bicicletas a passar. Elas vestem biquínis, triquínis e fazem topless. Eles optam pelos calções curtos ou a meio da perna, outros vestem ainda as importadas sungas. A bandeira exposta a anunciar calmaria. Pais e filhos, avós e netos, casais e grupos. No horizonte, a imaginação. Voltamos ao carro, aquele verde que lembra alegria. Tão chamativo. Alguém, de porta aberta, troca o que traz calçado por uns ténis de corrida. Vem equipada a rigor. Levanta-se, fecha a porta e começa a correr. O cenário é o mesmo. O propósito é diferente. As pessoas fazem e vivem os lugares. Experimentam conforme o traço. O perfeito nível de personalidade.

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