1.9.14

A (des)medida do (des)amor.

Uma sem noção de vezes, não importa o mote, senão quando a matéria que dele nasce não oferece petisco. Outras, por tanto se encerrar no todo, guardamos o principio, por temer uma negligente e inóspita composição. O ideal era desmaiar de amor. Guardar, sempre, a ressalva. Recuperar, se possível e necessário, na vontade seguinte. Esquecer os contos de outras ideologias, das que jogam com o prisma das emoções e sensações. Sossegar os romances pesados num canto. Deixar para depois o quadro que conta histórias de amor. De desamor. O amor tem sempre um lado tão mais apetecível. Para quem conta, relata. Para quem lê, escuta e, por fim, pensa. A tragédia atrai. A felicidade de outros repele. Ler desenfreadamente, desde cedo, é ter a convicção de que o amor e todos os seus predicados, move interesses. Acções, por certo. Ensina-se que o amor mata. Mas não lembram soluções, sequer opções. Ler o amor é pensar no lugar de quem está de fora, à margem dessa medida. Viver o amor é regredir, voltar ao lugar de aprendiz.

2 comentários:

  1. Tão bonito! E sim, amar é voltar ao lugar de aprendiz. :)

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  2. Raquel,
    Obrigado, sempre! :)
    É uma certeza. Quando o amor é o enredo, não nos resta outra verdade, senão que voltamos à base. Tantas vezes quantas ele se lembre de tomar corpo. Um beijo :)

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