Gosto,
se possível, de acompanhar as lides profissionais, depois das pessoais, dos
meus amigos. Parte deles é arte em cada decisão. Sem necessidade de segurar
verdades e métodos absolutos. As redes sociais amancebadas com o plural e a
pluralidade do iPhone e do iPad desta vida. Da forma de viver tão actual,
instantânea e, por razão da última, instável. Sem desdém, pois acabei de ver
inspiração em estado físico. Através das redes sociais. Já devo ter falado
sobre isto. Algures, se não ultrapassei o consumo das ideias e não perdi a
última porção de energia e memória. Porque é relevante ver a intelectualidade
desenhada em grandes telas. Essas, as telas grandes, podem, sem prejuízo alheio
e patrimonial, ser um muro desgrenhado ou uma parede velha e gasta, onde não
sobra nada senão restos de uma tinta de massas, um branco que já não é. Rei da
tela, altruísta em sessões. E é quase perturbadora, essa dicotomia. Esta minha
amiga, por quem ultrapasso o cordial experimentar sentir coisas boas, renovou
uma parede. Nasceu, algures numa cidade que já ouvi apelidar de feminina -
Lisboa, curvas e postura de mulher que canta a canção da melancolia. Sussurra a
visão com pintas. É artista de rua, esta cidade – uma parede de gesto delicado.
De verdes e imponentes imitadores de um tecido natural. A natureza de folhas
vivas, onde nem o orvalho da neblina matinal fica esquecido. E, contrariando
alguns momentos de opinião em caixa, simpatizo com a facilidade de estar ao
lado de alguém. Mesmo que tenhas ido procurar outras luzes. Quando voltas, é
como se sempre tivesses visto a evolução. Porque te sobram o motivo e a
motivação.
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