8.1.15

Perdeu-se mais mundo.

Diante de um episódio terrível, por faltar definição maior. A causa das coisas é nome de livro, mas nunca havemos de encaixá-la, à expressão, em tanto do que gira mudo fora. Tampouco, entende-la. Ainda que, nos fiquemos presos ao tempo a passar, a árvore a mudar, folha a folha, flor a flor. Ao fruto que vem na estação do calor. O mar que volta quando entende. À intempérie mesquinha de não conseguir desassossegar na viagem do quotidiano. Tudo, por certo, perde combustível, quando soa a fatalidade. Maltratando o concreto do destino de um estado livre. Comem-nos as palavras. Tão frio, quanto isso. Roubam-nos o essencial. Violam-nos a democracia. Matam-nos a liberdade. A distância não existe. Quando tomam uma parte de assalto, consomem o todo. A liberdade, a democracia, o jornalismo e, mais concretamente, o Homem, vivem o negrume de um rescaldo sem justificação. De um mundo que tem partes que são tão sem preceito. Medonha, a justiça que se suporta numa política que anda enviesada. Como se fosse justificação segura. Falta luz. Diante de um letal acontecimento. Perdeu-se mais tempo e mais mundo. Num inqualificável momento.

2 comentários:

  1. Todos os ultimos eventos têm sido muito pesados. A definição de religião, politica...até socialmente aceitável estão a ser batalhadas e ninguém vai ganhar com tiros.

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  2. Nada,
    Multiplicaram-se os acontecimentos em tão pouco tempo. Tamanha desgraça num soluço. Vêm, como sempre, deturpando as definições e as convicções. Perde-se o entendimento. Em tempo algum, a destruição e o desgoverno foram solução.

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