Horas
a passar. A noite a decrescer. As pessoas no sossego. Outras, traseuntes vãs.
Lá fora, o frio duro e distante. Ouve-se, de repente, o som escolhido. É um
jazz mexido. Contradições matinais. Uma intervenção da neblina que esconde o
sol que está para chegar. De manhã cedo, pega no telefone de geração. Liga a
televisão e escolhe a mesma posição. Falam da taxa que está abaixo. Dos euros
que faltam na banca. Nos valores que desviam a atenção, a alegre e simpática
relação. Previsões da zona que grita que está unida. Fala o pivot que liga
acontecimentos. Nas redes sociais, no mesmo telemóvel, repetem-se as notícias
como se fizessem justiça, como se fossem novidade. Logo, sem demoras de
santidade, chegam os comentários em avalanche. Dizes tu, diz o outro. É o
costume, uma certa urticária online. Pede-lhe a password, a página do e-mail.
Corre-lhe nas veias a ansiedade de todos e de cada um. Contradições de quem lê
quase desacordado. Tantas e novas mensagens. Onde é que está a que interessa.
Ligue já a atenção. Encontre lá a prosa que interessa. Há no centro que reúne
arte, uma nova peça. E reserva a intimidade do lar. Homem digno que resiste.
Que persiste e renega a oportunidade. Uma simples regra, sem apreciar a
jovialidade. Mais um encontro. Uma fase perdida. Lá fora, a cidade fria. Volta
o jazz, não é, senão, mexido. Nem a todos chegará o agrado. Definitivamente,
como diz o adágio conhecido, deitar cedo e cedo erguer, dá saúde e faz crescer.
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