As
segundas têm um espírito próprio. Podemos falar de novas oportunidades ou da
infelicidade de retomar a imbecil matemática dos dias carregados de monotonia e
de trabalhos inóspitos e colegas de má rês. As segundas são um falsificado amuse bouche. Amam-se ou odeiam-se.
Lembro-me, desde sempre, de ouvir quem lhes desejasse a morte e, ao mesmo
tempo, quem lhes dotava dos maiores elogios. Como se fosse uma pessoa. O senhor
simpático da mercearia, a tia que ninguém atura ou a amiga lá de casa que se
esquece de vocábulos como privacidade ou não usa relógio, embora, forçadamente,
fale com a dicção tão afectada que nos obrigue a uma tradução em tempo real. A
volatilidade dos termos e da crença de cada um, começa cedo. Logo nos
primórdios do entendimento, ainda que, nessa altura, voem apenas as palavras.
Bem mais do que a verdade e a compreensão. Ontem, segunda-feira, leram-me o
horóscopo da semana. Semana amena, dias bons. Saúde em perfeito equilíbrio.
Trabalho numa fase favorável e do amor reza que do passado não vive um nativo.
No meio disto, há sempre a frase feita e a palavra universal e que, alheados,
nos faz algum sentido. Agora mesmo, enquanto escuto alguns temas da Brenda Boykin, pensava como saltar numa
rua qualquer, com um ou mais balões coloridos na mão, fosse bem mais credível
do que a leitura que me fizeram a atrasado. Bafejado pela sorte, quem sabe,
chegar-me-á um presente do ainda futuro, e faço o pleno. Canta a Brenda Boykin e não engana, “Love is
in Town”.
O mais engraçado é que eu gosto mesmo de segundas! :)
ResponderEliminarEncontro-lhe alguns encantos, por acaso. Entre tantas coisas, é motivo e ocasião para recomeçar ou começar.
EliminarEvito malfadá-las :)