Sem
tempo, abrimos restrições. Quando ocupados, declinamos a regra geral. Não
aceitei uma chamada, recusei responder a uma mensagem, depois outra. Ainda outra.
Não dei o braço a torcer, não deixei de parte as convicções. Voltei a recusar
uma chamada. As mensagens, sempre as mesmas. No telemóvel, no e-mail, até nas
redes sociais. Cabeças quentes. Gente esta, de vontades oblíquas. Cabeças que
latejam. Gente esta, de lembranças raras. Não é hábito o contorcionismo da
ausência de resposta. Não faço. Não espero que façam. Excepção tão
extraordinária. Um consenso. Como tantos. Devo, neste trajecto, ter torcido o
braço, mordido a língua e batido com a cabeça numa parede. Tudo metafórico. A
sério, risquei uma das lentes dos meus fiéis amigos de design. Os óculos. Nisto, decido responder. Nada justifica a lesão.
Nada. Nem numa peça real, nem numa pessoa desleal.
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