Longe
de enaltecer o erudito, mas perto de dividir a sabedoria individual. Voltamos
sempre à incoerente necessidade de falar do que move todos e cada um. Juntar
pessoas com tempo para conversar, independentemente do pretexto, é ter
oportunidade para aprimorar opiniões e ler nas entrelinhas das vivências. A
riqueza existe, logo nos lembramos do mais comum e constitutivo da essência. Ele,
aparentemente despojado da necessidade de afectos, defende que deve adormecer,
assim como, amanhecer ao lado de quem lhe mexe com as emoções, com quem sinta
vontade de jurar amor eterno. Ela, de postura rija, garante que não partilha a
cama depois do sexo. Em momento algum, ouvimo-la falar de amor, tampouco, do
impulso da paixão. Ele, garante, investe na partilha dos corpos, a verdadeira
indução do acto. Ela, sem reservas, diz que aposta no toque, nas mãos que
esculpem as formas e dão dimensão e corpo às carnes. Apresentam-nos uma química
invertida e uma física que tem ameaças hipotéticas. Salve-se a humanidade. Há
esperança. Quando escutas, deixando de ouvir, percebes que já não vivemos na
média da diferença de género. Ainda que, daquelas bocas saia, somente, aquilo
que eles querem que saia.
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