Começa
cedo o dia. Quarto escuro, brincadeira de outrora. Abres um olho, depois outro.
Quase a medo, em jeito de adivinha. Antecipas o toque da campainha. Dói-te a
cabeça como se o andar superior tivesse ousado cair-te em cima. Desusado o
camião, que soa lá ao fundo. Pontes com entrada e saída. Ramos em cruzamento. Segues
caminho, inventas a rotina. O céu pingado e cinzento. Apitam os carros, correm
as pessoas. Zebras no asfalto, luzes de pé. Peúgas às riscas. Casaco no lombo.
Óculos a trabalhar. Relógio com algumas histórias contadas, no pulso de sempre.
Aceleras sem tempo, esperas em cada hora marcada. Ouves música, Gorillaz falam
do outeiro melancólico. A anarquia dá sinais, parece ter dominado o processo.
Notas no e-mail. Falam-te de uma exposição valente e curiosa. Um dos melhores.
A vivência de mão dada com o produto final. É suposto não declinar o convite.
Ainda no carro, passas uma parede branca com uma frase. “O beijo persegue-me”. Impossível não pensar. O dia seguinte é
sempre o pior.
hum....
ResponderEliminarzebras nos asfalto.... mt bom!!
peugas às riscas... maravilhoso!|!!
o relógio... marca vital ;)
Gorillaz.... gosto
o dia seguinte... hummmm
Beijinhosss Real
Entas,
EliminarObrigado. Sempre simpática e atenta.
Estivemos em sintonia, portanto. É isso? :)
Pelo menos, gostamos de algumas coisas em sintonia.
Beijinhos.
Até já.