19.11.14

Critério conhecido.

Não deve ser mentira quando da infância, as palavras ganham um caminho e um trajecto particular, e logo se fazem verdades de tanto nos servirem. Inclusive, numa postura tremendamente traiçoeira e temida. Desde pequeno que os mais velhos e conservadores, por certo, uma ala mais altiva da minha família, faziam por lembrar. Numa luta desigual para com o esquecimento, que abrir a boca, vociferando tudo quanto nos apoquentasse no instante, depressa passava para os escombros da má educação. Rapidamente se deixa a carruagem da frontalidade e da verdade para desmontar o outro. Melindrar a postura e, em grave instância, a dignidade do outro. A outra pessoa. Porque a minha percepção pode estar e deve estar moldada pelas minhas vivências, assim, facilmente ocorre serem diferentes das outras pessoas. Não pouca gente me vem falando do mesmo ensinamento. Questiono-me. É uma verdade explicita ou um mentira que merece atenção. Alguém teve a sapiência de a escrever algures. Num livro. Num qualquer ensaio. Por deles nos servirmos quando queremos a conformidade da ideia com a verdade. Mesmo que nos acusem de ter um ar fino, havemos de nos preocupar, enquanto houver discernimento, com males maiores.

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