11.8.16

Em diferido. #52

Fumo cheio de vícios - Sem tino, marcam as vidas alheias. Destroem a terra de todos. Consomem as almas em desespero. Corroem o verde e a paisagem. Ameaçam as casas vizinhas. Ruins, agem sem pingo de piedade ou respeito. São ausentes de humanidade, homens piores. São miseravelmente piores. Espalham o terror nos corpos em luta. Instigam a destruição. Pior, convidam a morte. Gente que faz pior que os azares da natureza. Que os potencia. Este ano não é excepção. A maioria dos incêndios que, até agora, vêm deflagrando no nosso país é, em repetição, obra de despeitados. De gente louca. De gente inqualificável, de tão má. Os incêndios, este ano, voltaram a matar. Entre todos, o fogo é a extensão de alguém. Tão ladrão é quem rouba, como quem fica a ver. Uma vez mais, reforça a miséria e a tristeza. E recuso entender. Recuso, veementemente, ver para além dos estragos. Para além da fatalidade. Apenas, porque não são homens, não são pessoas. São reles miseráveis.

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