Presta
atenção ao que te digo. Esse vaivém em que ficas quando visitas o que alguém
expõe, não acrescenta nada de novo à tua interpretação das telas. Complica-te,
desde logo, as ideias, depois as sensações e os sentimentos que possas, porventura,
adquirir enquanto desfocas o olhar e a atenção, quando pretendes o inverso. É bem
mais difícil conheceres a raiz e a matriz deste autor. Nem te apercebes dos
tons, das texturas, no fundo, dos materiais, da obra. Puxa uma cadeira,
encosta-a à parede ou coloca-a no centro da sala. E, então sossegado,
permite-te admirar. Não há cadeiras? Claro que não. O espaço é,
propositadamente, clean e destaca a
obra. Não há cadeiras? Bem sabemos que não. Distancia-te do vaivém em que ficas
quando visitas a manifestação da produção intelectual de alguém. E aproveita. Puxa
da imaginação. E, se preciso for, senta-te na cadeira composta pela criação, no
chão. Em frente, o tal objecto artístico. Aproveita o privilégio de habilitar o
conhecimento.
Assim é com o Ser humano também...ou seria disso mesmo que falavas? ;)
ResponderEliminarum olhar cuidadoso para além do óbvio...para além do detalhe provido pelo próprio....alcançar o que o nosso olhar e intuição nos permite...
Digo eu...que nada percebo de arte :)
Beijinhos Real!!
Nos Entas,
ResponderEliminarPrecisamente. Embora, a base sejam os olhares e os tempos que oferecemos à arte (ou que deveríamos oferecer), não quis deixar de colocar esse traço. A comparação é inevitável.
O óbvio é, porventura, o menos despido.
Também não sou o mais entendido na matéria. Não sou, mas aprecio :)
Beijinhos.
Até já!