Num
golpe de rodopiar, somos a sombra do muito que nos acontece, somos o que os
instantes experimentados nos provocam. Procuram-se refúgios. As ripas de
madeira, antes de chegar à praia, já desenhada de pessoas que, ao longo do
areal, aproveitam o sol e as temperaturas picantes, cedem barulho ao ritmo das
passadas. Mesmo leves, roubam som. Um som que, soa e entoa ao jeito do que
nos permitimos sentir. Um regalo para um dos sentidos, se assim quisermos, ou
um tormento desgovernado. Num reflexo, tudo se desmorona. E, não penso nas
palavras, mas a desarmonia de uma humanidade despida, propina veneno no furto
que é desapropriar o outro. Depois, não importa mais nada. Senão erigir.
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