12.5.14

O facilitismo instituído.

Num golpe de rodopiar, somos a sombra do muito que nos acontece, somos o que os instantes experimentados nos provocam. Procuram-se refúgios. As ripas de madeira, antes de chegar à praia, já desenhada de pessoas que, ao longo do areal, aproveitam o sol e as temperaturas picantes, cedem barulho ao ritmo das passadas. Mesmo leves, roubam som. Um som que, soa e entoa ao jeito do que nos permitimos sentir. Um regalo para um dos sentidos, se assim quisermos, ou um tormento desgovernado. Num reflexo, tudo se desmorona. E, não penso nas palavras, mas a desarmonia de uma humanidade despida, propina veneno no furto que é desapropriar o outro. Depois, não importa mais nada. Senão erigir.

Sem comentários:

Enviar um comentário