Alinham-se
anseios no momento de desvendar um dos tantos pontos indiscretos. Sorrimos,
hesitando horas de tormento em que se assume a ponte entre o gostar e o sentir.
Não falo de relações, tampouco de relacionamentos. Estão cansados, alguns. Fugazes,
qual moda de rua. Qual modelo de passerelle.
Como se desfilar, independentemente do lugar, fosse o ponto mais importante. A
alma cansa-se com o testemunho vivido. Discutem-se corpos treinados, opções
fugidias. Combinam-se festas, ocasiões díspares, exigindo modelitos diferentes.
Mas volto ao sorriso, que tão gasto, oferece-se sempre como alternativa.
Sorrio, instantes antes de admitir ter comprado uns ténis. Mais um par,
pensarão tantos. São os ténis, digo eu. Por obra do acaso, no mesmo dia,
comprei mais um par de sapatos. Mas prefiro os ténis, sempre. Ao meu pai, numa
conversa tão descontraída, contei-lhe primeiro dos sapatos. Um pré-aviso. Em
tantas vezes, assume a sua postura irredutível no que concerne ao uso dos
ténis. Limitem-se a usá-los nos espaços
apropriados, diz ele. Refere-se, claro, a ginásios, desportos vários e uma
ou outra situação bem mais casual. Refuta qualquer ligação entre um par de
ténis e um fato. Hei-de escrever sobre isto. Agora, sorrio. Antes mesmo de
dizer que comprei uns ténis. Alinham-se anseios por nada. E por tudo.
Ténis é um culto...os meus favoritos foram para o lixo à um mês porque ja nem sola tinham...ai quando é amor é dificil ^^. Ai os anseios...^^
ResponderEliminarNada,
ResponderEliminarRevejo-me, por completo, no teu discurso. Um par de ténis nunca é mais uma compra, tampouco, de ânimo leve. É a aquisição de mais um dos poucos objectos que nos merecem toda a atenção. E, claro, nunca são demais.
Mostro-me solidário com o fim de vida desse teu par. Ansiamos por nada, e por tudo, como é o caso ;)