Escrevi
na imagem acima, a frase de um povo. Conhecida como quem não se cansa. Sabida
na ponta da língua por quem não se recusa a ler e a entender. Nas entrelinhas.
Nas linhas corridas, de pontuação a decorar. Num torneio arredondado de
pensamentos entrelaçados com emoções e valentes composições. De ideias, entenda-se.
Lamento-me sempre. A minha desajustada coerência e, se quisermos, o meu equilíbrio
bambo. No epicentro da decisão, escolho não carregar uma máquina. Tão especial
objecto. Uma oportunidade brava. O telemóvel não me serve, quando ganho outras
ideias. Mas, neste verão à pressão, estava feita em grafítis, a expressão. A rua movimentada, pareceu-me, não prestou
atenção. Qual carimbo numa parede de branco a desfazer. Letras negras. Fernando
Pessoa, nacionalista de crença contemplativa, ali. Tão cru. Em bruto. A fonte
escolhida para letra. Os tons sem especial atenção. Uma pátria que lhe ganha as
formas. Salve-se a cultura. A língua. Ironia, a verdade desenhada numa parede
portuguesa.
Tudo isso é inevitavelmente verdade. A ironia é o estilo de um povo, de língua afiada e bem portuguesa. Pena que não conseguiste tirar a fotografia que querias, mas as memórias importantes ficam sempre gravadas. A ferros. :)
ResponderEliminarRaquel,
ResponderEliminarPrecisamente. Eu vivo dessas incoerências. A vontade de tudo guardar, de levar comigo algo que grave melhor do que um telemóvel. Por seu turno, venho-me habituando à mais simples e irrefutável forma de guardar, a visão. Posteriormente, a memória. E nessa, tens toda a razão, os ferros têm ganas :)