5.8.14

Verão matizado, impetuoso como sereno.

Veranear algures. Percorrer o encanto nacional, conhecer e fotografar o ambiente de um exterior tão desejado como a saudável condução de um país. Também o nosso, de preferência. Guardem-se os costumes, poupem-se as palavras, apavorem-se as pessoas, ridicularizem-se as acções. De umas e das outras. Toca desafinado o movimento bolsista de um antro. Um cenário que soa desacorde com uma sucessão de opções que persistem numa alinhavada separação de classes. Opiniões de outrora, recentes como o verão delicado, suportavam a solução interna, poupando o desgaste, mal-grado a dificuldade de encontrar concordância e veracidade na combinação das ideias expelidas em discurso de horário nobre. É um mistifório pegado, ausente de senso. Experimentam-se, neste canto de privilégios sem fim, um pedaço do tanto que é um rolo sem fim de expectativas e necessidades imediatas de fazer acontecer. Fazem-se ensaios. Depois perguntas. Escutam-se os mesmos. Discursos e aqueles que os lêem. Enquanto nos assaltam os primitivos acontecimentos, penso como é sereno olhá-la a passar a mão no cabelo. Há sempre melhor.

2 comentários:

  1. Fujo do discurso de horario nobre como o diabo da cruz. Ando a tentar apanhar os raios de sol de verão e ignorar tudo o resto. Boa sorte a manter a serenidade

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  2. Nada,
    Fá-lo para teu bem, pela tua sanidade mental. E outras. Tanto quanto possível, faço por evitar, também. Depois, entre um dia de praia, uma conversa entre amigos ou o desaire de um sem número de situações nacionais, sucumbo. Só não te agradeço, porque a sorte não se quer assim :)

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