14.8.14

Em diferido. #15

Liberdade de recusar a alforria - Vem do resto do mundo. Grafismo nas palavras. Mas nem sempre confiável. Porque o molde alheio não quer saber da tua individualidade. Não quer saber, ponto. Aniquila a franqueza de teres como condição, o direito de sentires tudo conforme te pareça real e realmente sincero. Em todos os casos, todos sempre tão específicos é um primor fundamental. Não quer mesmo saber disso. O resto é conversa. Conversa da fraca. Quem tem medo compra um cão. Quem não tem importância para recusar o medo, escolhe como desenho da conversa e dos actos realizados, comprar um cão. Porque nas revistas da especialidade está em letras garrafais e em fotografias de passerelle, porque a amiga que escreve sobre tendências lhe contou enquanto tomavam um café, porque o amigo a quem lhe gabam frequentemente a farpela, vestia o padrão num desses dias, porque nas lojas estão por todo o lado. Tanto lhe dizem que está na moda, que escolheu as pintas. Escolheu, bem sabemos, um Dálmata. Agora, passeia-se de tendências por uma trela. De manhã, à tarde e à noite. Parece tão fácil. Banal como nunca ter trabalho e rigor. Seja interior, seja exterior.

2 comentários:

  1. A opção de ter o mínimo de individualidade possível é a de muitos pelo facilitismo que isso acarreta. É fácil ser ovelha já dizia o outro.

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  2. E com essa fizeste-me rir! Sê-lo pela obrigação de arranjar espaço, deve ser um tormento constante. Contudo, estou de acordo, a lei do mais fácil, do mínimo desconforto e trabalho, é o caminho mais fácil. Guardam-se os rebanhos, mantêm-se, inevitável e felizmente, as ronhosas. Aqui por serem excepção, fujo da linguagem informal ;)

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