Liberdade
de recusar a alforria - Vem do resto do mundo. Grafismo nas palavras. Mas nem
sempre confiável. Porque o molde alheio não quer saber da tua individualidade.
Não quer saber, ponto. Aniquila a franqueza de teres como condição, o direito
de sentires tudo conforme te pareça real e realmente sincero. Em todos os
casos, todos sempre tão específicos é um primor fundamental. Não quer mesmo
saber disso. O resto é conversa. Conversa da fraca. Quem tem medo compra um
cão. Quem não tem importância para recusar o medo, escolhe como desenho da conversa
e dos actos realizados, comprar um cão. Porque nas revistas da especialidade
está em letras garrafais e em fotografias de passerelle, porque a amiga que escreve sobre tendências lhe contou
enquanto tomavam um café, porque o amigo a quem lhe gabam frequentemente a
farpela, vestia o padrão num desses dias, porque nas lojas estão por todo o
lado. Tanto lhe dizem que está na moda, que escolheu as pintas. Escolheu, bem
sabemos, um Dálmata. Agora, passeia-se de tendências por uma trela. De manhã, à
tarde e à noite. Parece tão fácil. Banal como nunca ter trabalho e rigor. Seja
interior, seja exterior.
A opção de ter o mínimo de individualidade possível é a de muitos pelo facilitismo que isso acarreta. É fácil ser ovelha já dizia o outro.
ResponderEliminarE com essa fizeste-me rir! Sê-lo pela obrigação de arranjar espaço, deve ser um tormento constante. Contudo, estou de acordo, a lei do mais fácil, do mínimo desconforto e trabalho, é o caminho mais fácil. Guardam-se os rebanhos, mantêm-se, inevitável e felizmente, as ronhosas. Aqui por serem excepção, fujo da linguagem informal ;)
ResponderEliminar