Começo,
por vez, por guardar a merecida ressalva. Não gosto de generalizações e, em
tempos, disse-lhe, tão petiz – não importa mesmo a quem – em resposta àquela
voz arrepiada, que são perigosas. As generalizações, tão vizinhas da
vulgarização. Porventura, tê-lo-ei ouvido ou lido num dos sem número livros que
guardámos lá em casa. Há desassossego por cada canto. Há pressa de quem não
espera em cada divisão, em cada estrada e em cada localidade. Há sol a brincar,
ninguém quer desperdiçar. A elegância foge dos pés. O requinte perde-se na
formulação conseguida naquele minuto, no exacto e impertinente segundo em que a
voz ganha fervor, desajuste que não combina com a simplicidade de viver o
descanso. A tendência de olhar para o calçado de alguém num rasgado primeiro
momento é um impulso como outro. Por esta altura, talvez se faça como resposta
uma valente e impetuosa alegoria. Levantam-se falsos testemunhos. Por tudo, por
nada. Mesmo que se comece por baixo. Sem a aflição de chegar ao topo. Mesmo que
não passe de uma fingida jornada.
Sem comentários:
Enviar um comentário