Podes
imaginar um baloiço lá ao fundo. Já não é parte do quadro. Fora noutras bravas
aventuras. Podes desenhá-lo em ferro de cor verde. Entre o novo e o agastado
leve. Incoerências dos e do que se expõe. Ao ar livre, tão liberto quanto uma
gota que cai e se permite correr e escorrer pelo e por quem com ela se cruzar.
Podes começar o desenho. Num caderno negro como o meu, de pequenas dimensões.
De folhas limpas de linhas. Despidas à procura da imaginação. Seguras pelo elástico
que envolve. Podes continuar a imaginar, agora, também, a desenhar. Escolhe o
enquadramento, alinha o que vês, entre linhas certeiras, outras enviesadas. E,
dimensões à parte, sentá-la, à que merece todos os predicados, assim te sintas
refeito, no baloiço. Dois lugares em repouso. Na sequência, fá-los andar.
Leves, como quem começa. A seguir, mais possante. E brincam num baloiço de
inventar. Até que se lembre a parar. Podes imaginar e desenhar tal e qual,
desta forma. No final, mesmo que não acredites em relações, diz-lhe que te
esforçaste. Agora, antes de fechares o teu caderno, ri-te da sensibilidade de
tudo começar na imaginação.
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