Lembro-me
de ler, ainda petiz, algures num livro de desfasada atenção para a tenra idade,
que o amor era pertença dos adultos, por serem precisas armas para o fortalecer
e, acima de tudo, entender. O autor havia de ser lido por um número sem fim de
fiéis a este sentimento. Afinal, é
conversa de quem se assume um perdido nesta arte. Dos outros também se ouve,
muda a postura, passa a inquiridor. Falar sobre o amor é sobrenatural. Todavia,
fala-se de amor em cada canto. Persistindo, contudo, que o amor seja um
desenrolar de audições mal conseguidas. Se partirmos do ponto primeiro. Pode,
por seu turno, ser a mais proveitosa e fiel audição. O descarrilamento vem
depois. Escrevo sobre isto depois de falar com um amigo. E de ouvir relatos de
uma amiga. Ele, feliz numa audição que muitos ditaram amaldiçoada. Ela, nos
escombros de uma relação que prometia o melhor dos desfechos. Falar de amor não
cansa, só pode ser essa a justificação. Porque não cansa discutir a humanidade,
os seus inevitáveis destinos e os sinais do que lhe é intrínseco. Aos dois, a
maior e melhor das sortes. Atenção, não escrevas tudo o que lês. Ou vês.
Diria mais: falar de amor é para os grandes (adultos), sentir o amor é só de crianças. :)
ResponderEliminarRaquel,
ResponderEliminarO resumo perfeito. Posto isto, restar-nos-á, assim seja possível, colocar em prática. Um beijo :)