Não
sabemos o bem que nos fazia. É recuar ao tempo em que as verdades não eram mais
do que deixar andar e alicerçar mais adiante, se caso disso, os fundamentos. A
maçã é amiga do Homem. É a imagem que vai na frente, em representação de um
grupo que faz bem. Que valoriza a saúde, que valida certas manias e teorias. Li
nos livros, ouvi de sabidos intelectuais e aprendizes. Fi-lo para remédio das
dúvidas. O sotaque britânico que visita as lusas terras, ajuda a lembrar o
adágio anglo-saxónico. Em boa verdade, não é um ritmo certo e incapaz de fugir
da linha que se quer, ilusoriamente, recta e uniforme, que pode enraivecer o
quotidiano e tornar-se, em menos de um discreto piscar de olhos, numa mania
mais intrínseca que a maçã e os seus infindáveis benefícios. Antes de uma convicção,
é um modo de inclusão. Claro está, é oportuno ressalvar, para os mais
despercebidos, que neste texto, a maçã é uma imagem rasa de uma vida saudável. Não
tão literal quanto possa afligir na forma escorreita como se escolhem palavras.
Longe de surgirem em Portugal os discursos sem fim sobre os sumos e os batidos
que desintoxicam, as sementes e as bagas, mudei de hábitos. Para me lembrar
quando foi, tenho de fazer contas. O passado é a guarda de uma lembrança
necessariamente presente. Escolher é uma opção. E as opções, se aptos e
detentores das nossas funções intelectuais, devem ir de encontro às reais
necessidades. A individualidade é, voltando à corrida da liberdade, um posto e
uma postura. A alimentação é grande parte do que somos e do que nos capacita.
Não é viver num vacilo, é optar por um novo caminho.
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