Se
vislumbrar os recados, vem de longe a minha necessidade de me centrar em
objectos. Em pontos de partida, uma roda que vem da pausa desse escopo. Gira
dele em diante. É amor pelo descanso da matéria. Prefiro, se me é permitido,
chamar-lhe encantamento, por ser o amor um terreno de génio estouvado. Base
melindrada mas capacitada para qualquer máquina, assim é o cimento e o alcatrão
que inventam um palco. Rua decorada e boémia. Não se queixam as gentes, por não
lhes resistirem. Às banquetas, cadeiras e sofá encostados a uma parede lavada de
arte do desvio. Um friso sem igual. O amarelo fica-lhe bem, ao sofá. Senta-se a
miúda que descarrila nas amizades de circunstância. Senta-se como se fosse o
seu destino. Tem os joelhos melindrados. Descruza as pernas e leva os pés
calçados ao assento. Sorrindo, pergunta se temos um cigarro. Soa a resposta em
uníssono. Despreocupada, foge-lhe a mão para a mala e tira um cigarro.
Arriscando, as pessoas procuram os lugares.
Sem comentários:
Enviar um comentário