Sonho
com o dia em que a sala de leitura se transforma numa biblioteca digna. Forrada
a livros devidamente identificados. Guardar-se-á, num compartimento as revistas
que colecciono. Muitas de música. Outras tão genéricas. Mas sempre de proveitosas
matérias. Grandes capas e elogiosos recheios. Em alguma parte desta casa estão
revistas. Capas que vislumbrei e jamais lhes li o conteúdo. Outras que
espreitei, por me cruzar com elas sobre a banqueta e a mesa de apoio. A Elle, a Vogue ou a Vanity Fair
deixadas por entendidas da moda. Nesta casa, algures numa gaveta de recordações,
estão revistas de nicho. A moda é um exemplo, porque as abandonaram por cá. Não
sei, sinceramente, se algum dia a minha mãe lhes pousou a vista. Nesta casa,
onde a minha cadela é rainha, lê-se sem preconceitos. Entendem-se as comadres e
os compadres.
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