Na
generalidade, que é por onde tudo vem, até ao ponto da individualidade. Há
pudor, como quando subimos a rua e desviamos o olhar. É uma incerteza no
contexto da mistura de vontades. Do receio de enfrentar verdades. Há pudor em
cada esquina. Como quando descemos a rua e preferimos passar sem ver. Falávamos
de sexo. Há pudor e uma sentença de geração. Às vezes é preferível assim. Como
se escolher desculpar-se com palavras que embrulham velhas convicções, fosse a
concretização. Quem cala suporta a inexistência. Não voltamos ao tema em cada
conversa. É a proporção da necessidade. Alheia ou da interna trincheira. Mas
elas assumem posição. Diz-se, ouve-se por aí, são elas as mais autênticas no
discurso. Mais próximas da realidade. Eles enganam conforme a falta do que é
imprescindível. Nisto, falar de sexo é a berma deste país. Aponta-se o dedo,
passa-se sem olhar. No fim, todos, sem excepção, são aliciados. Da berma, riem-se
para quem passa. Piscam o olho e ajeitam o decote generoso. Até lá voltar e
gastar o que sobrou. Há sempre quem negue a verdade num tom majestoso, típico
de quem não gostou.
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