Prevalece
a privacidade, a felicidade de ter um antes e um agora. Fumas um cigarro, mesmo
que nunca tenhas adquirido o hábito. É voltar às festas de fim-de-semana que
terminavam tarde. Tão tarde, roubávamos horas e mais horas. Sem que ninguém,
senão os convidados se decidissem entrar daquele portão grande para dentro. A
piscina, a casa no centro, o longo jardim que, sem grande esforço, perdíamos de
vista. A sala de convívio lá no fundo. A música típica do tempo em que
inventávamos que fumávamos. Um cigarro e um sem número de grades de cervejas, em
igual número bebidas várias. Rapazes e raparigas que marcaram. Estórias de
leves amores e de escondidas paixões. Num lugar distante. Tal como o tempo que
é agora longínquo. Não tanto quanto isso, mas mais na medida em que nos
sentamos e contamos os anos. Não foi há tanto tempo assim. Ela não estava lá.
Hoje partilhamos factos aos pedaços. Eu não estava noutras ocasiões dela. É o
tempo certo. Para começar, ao invés, de recomeçar. Tantas coisas novas para
contar.
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