Casos
há em que resumir uma resposta sem que me faça parecer um velho que guarda as
palavras na proporção da idade e das experiências, pode tornar-se num desafio
tremendo. Porque a eloquência tem muito mais genica, raça e piada. É um
entusiasmo que não se esgota, senão quando perde para a tensão de não querer
brincar mais, ainda que por breves e prudentes instantes. Assim como quando éramos
putos e a sinceridade se sobrepunha à vontade de fazer mais actividades.
Escolher. Seleccionei-as, embora, poucas. Sempre certo e conhecedor do que
queria. Escolhi um desporto diferente. Fui a provas e campeonatos. Não me
corria mal, era bom naquilo. E melhor, era feliz a fazer aquilo. Mas é difícil,
às vezes. Como quando escrevo e declino toda e cada letra que desenhei para trás.
Tão verdade como ter perdido a conta ao número de palavras que desperdicei.
Talvez, e muito certamente, por nunca me aguentar na corrida. Fico enfadado da
subida e descida das minhas palavras. Também, e muito mais, das histórias que
carrego. Contradigo com o que faço. E do desporto da infância e adolescência
nunca mais o pratiquei. Lembro-me agora que foi porque, a dada altura, me
saturei. Como em tudo, relatos há que fazem parte de um espaço.
Os eventos da nossa vida são cíclicos e são poucas as coisas das quais eventualmente não nos saturamos. A idade não tem toda a culpa...espero que das palavras não te satures, mesmo que mudes de palavras, que não pouses a caneta =)
ResponderEliminarNada,
ResponderEliminarAgora, lido nas tuas palavras, soa com todo o sentido. A idade não tem, necessariamente, de ser a culpada da forma inusitada como gerimos a saturação.
Agradeço as palavras! :)
Vou fazendo por mantê-la activa. Mesmo que jogue fora outro tanto.