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que revela travessura - Lembraram-me dos estendais. Tamanho esquecimento o meu.
Típico da cidade que se lança, em rigor da necessidade, pela fachada que deixa
aventar. A rua não é larga no desfavor do passadiço. Em não tardando, desagua
num largo com nome de figura importante. De voz buliçosa, com a traquinice na
postura que segura, dizia em tom alto, sem opróbrio, assim se desfez em bons
dias: notícias fresquinhas. Ouvi há
instantes na rua de um outono que espiga à medida da desordem de um desaguisado
entre o ser e o parecer das estações do ano. Também elas se franzem, marcando
espaço, nesta luta de homens e de travessos meninos. Julgava eu, era mote de
conversa, por demais, em desuso. Tomei de ouvido, e desta vez lhe tirei as
teimas. Os quiosques de rua, tão frequentados como a jovialidade que ainda
guarda o carácter alegre e a disposição para parar, ouvir o vizinho e ler as
gordas. Porque lhe faltou a vista, ressalva. Depois da notícia, logo a conversa
se traja a rigor. Pôr no corpo de cada palavra a discussão. É sangue a preto a
branco o que salta das gordas de uma capa que promete guardar, adiante, o
melhor do pior.
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