Entre
cá e lá. Permite-me a saudade e os sentimentos revoltados que use a palavra que
continuas a imaginar colada a mim, pensar sintonizado com a picuinhice que
lembra a alma vazia, desenhar a vontade de ter certezas. Em cada palmo,
sentimentos colhidos, factos salpicados e novas perspectivas. Suspende-se a
respiração, adivinhas a loucura reinventada. Nos dedos, tintas felizes. E
desenhando, fica na pele a certeza. Na ausência forçada, um tanto instante
saborosa. Entre a distância, a despesa física e obrigada. Entre o pé aqui e o
braço ali. Entre as imperfeições de estar longe. Embrenhados nessas horas que
desassossegam a psique. Que mordem as carnes, que dão forma à fome do desejo.
Entre cá e lá. Entre nós. Nessa gigantesca ginástica, nesse áspero incómodo.
Entre cá e lá, neste mundo de disparates, desenhar-te-ia o mundo na pele.
Corpo, tela de arte elevada a qualidade. Neste percurso, percorrido entre o
espaço, por saber-te verdade, aprender-te na lealdade. Restar-nos-á, nunca a
fraquinha memória perdida em nenhures, mas sempre a pele despida, o mundo nas
mãos. Entre cá e lá, está tudo bem. Voltas de lá, como sempre, a lembrar-nos a pressa,
nesse caminho certinho e seguro. A comunicação, a presidente da união.
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