Não
venhas tarde, meu bom conviva. Ora, gente afoita e dada à rambóia, façam o
favor de entrar. Na mão, a surpresa da ocasião. Nesta sala por almas
trivialmente apaixonantes composta. Logo adiante, já o tempo se sumiu. Sobre a
mesa já jazem várias garrafas. Por restarem vazias, já lhes perdemos a conta.
Os copos multiplicam-se e com destino. O vinho é senhor, na voz é rei. Podia
rimar, mas fico-me pela conversa. A troca de prosa válida e com substância. A
noite é grande, nada curta. Olhos nos olhos, que dos senhores e da verdade reza
a história. Boa comida para sossegar as ânsias. Estômago compostinho abrevia
caminho. A pitada apimentada, a dona da gargalhada. Hei-de, numa corrida cheia
de paleio, tão breve quanto a minha memória desmembrada, falar sobre a artista
de variedades que encabeçou a arte e monopolizou, para gáudio dos comensais, o
humor da mesa. Guardam-se, algures, fotografias e vídeos. Escondem-se porque a
intimidade tem barreiras. Nunca a força do vinho, sempre as ideias que não nos
largam. Imaginamo-la, baixa e frenética, num palco grande. Cartazes à porta,
anúncios com trejeitos de outros tempos. Ora, tomem atenção, é chegada a hora
da comédia que agrada ao povo. Pois, entre linguagem habilmente prosaica e
gestos esbeltos, vem do coração.
é tão bom!!!
ResponderEliminarEstar rodeado de gente boa e de riso fácil... é tão mas tão bom!!!
Aproveita!
Beijoss
Nos Entas,
EliminarQue excelente visita!
É óptimo, não é? O que nos resta, senão a alegria de colher gente boa, feitios fáceis, risadas livres e mesas com bons corações à volta? Isso é boas conversas. Em havendo ideias, não tem fim ;)
Obrigado. Daqui, sempre o mesmo desejo. O melhor e em excelente companhia. E que regresses à escrita e à narração de ti o quanto antes.
Um beijo.
Até já!