14.4.15

O que vem depois.

Começa cedo o dia. Quarto escuro, brincadeira de outrora. Abres um olho, depois outro. Quase a medo, em jeito de adivinha. Antecipas o toque da campainha. Dói-te a cabeça como se o andar superior tivesse ousado cair-te em cima. Desusado o camião, que soa lá ao fundo. Pontes com entrada e saída. Ramos em cruzamento. Segues caminho, inventas a rotina. O céu pingado e cinzento. Apitam os carros, correm as pessoas. Zebras no asfalto, luzes de pé. Peúgas às riscas. Casaco no lombo. Óculos a trabalhar. Relógio com algumas histórias contadas, no pulso de sempre. Aceleras sem tempo, esperas em cada hora marcada. Ouves música, Gorillaz falam do outeiro melancólico. A anarquia dá sinais, parece ter dominado o processo. Notas no e-mail. Falam-te de uma exposição valente e curiosa. Um dos melhores. A vivência de mão dada com o produto final. É suposto não declinar o convite. Ainda no carro, passas uma parede branca com uma frase. “O beijo persegue-me”. Impossível não pensar. O dia seguinte é sempre o pior.

2 comentários:

  1. hum....
    zebras nos asfalto.... mt bom!!
    peugas às riscas... maravilhoso!|!!
    o relógio... marca vital ;)
    Gorillaz.... gosto
    o dia seguinte... hummmm
    Beijinhosss Real

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    Respostas
    1. Entas,
      Obrigado. Sempre simpática e atenta.
      Estivemos em sintonia, portanto. É isso? :)
      Pelo menos, gostamos de algumas coisas em sintonia.
      Beijinhos.
      Até já.

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