9.4.15

Quebrar com força.

Podes fotografar esta ponte. Aquela ponte. Ou outra qualquer. Podes fotografá-las a todas. Podes, se tiveres interesse e perspectivas várias, fotografar a mesma ponte sempre e em cada dia. Podes fotografá-la sobre o tabuleiro. Podes, se assim entenderes, fotografá-la cá de baixo. Se gostas de estar sozinho ou com alguém, é pormenor. Tem maiores artimanhas na objectiva e na edição. Desprende-te disso e foca e desfoca, sem pensar ou remexer na actividade do editor. Podes também, se não te causar enfado, fotografar todas as pontes por onde passes. As grandes, as pequenas. As altas ou as de baixa estatura. As longas ou as de pouca extensão. Resume-se à tua área de expressões. Precisamente sobre uma ponte, enquanto sais para longe, toca-te o telemóvel. Do outro lado, o lamento de mais uma relação que chega ao fim. Sem forçar ou culpar a idade, a efemeridade tem patamares. Nas relações, por certo, não será diferente. Depois, coisas há que se repetem. Só lhes falta, desta vez, um lustre vistoso no centro da sala. Vai lá e concerta a ruptura. Se assim tiver de ser, não há ponte que não alcance.

3 comentários:

  1. és demasiado Romântico Real :)
    de uma forma subtil, e emaranhada entre comparações, é esse teu lado que sobressai :)
    Haja Lustres capazes de concertar as roturas que as lentes já não alcançam!!
    Beijinhossss

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    1. Nos Entas,
      Sabes que não acredito nisso, tampouco, é um exercício de uma qualquer humildade invertida. Não me vejo como romântico. Pelo menos, não encontro todas as características que comportam essa definição.
      Lustres há, que suplantam lentes, pessoas e orgulhos feridos ;)
      Beijinhos.

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    2. Pois eu acho que és.... de uma forma especial!!
      e isso é bom!!!
      Beijinhos

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