7.2.17

Escassa produção de razões sobre “eruditos” compostos.

O soalho de madeira antiga não deixa margem para putativas verdades, vem gente. Denunciada a chegada e depois do bom dia habitual, reparo que traz uma revista debaixo do braço. Uma conhecida, cuja temática interessa, maioritariamente, aos homens. Já não compro revistas como dantes. Algum desinteresse, uma ou outra falha nos conteúdos, a coerência deixou-se corromper e os artigos falham na ordem. Salvo raras excepções. Restou-me uma desabituação que perde razão e não convida a fundamentação. Já não sei o nome da revista que li há uns meses. Dissertavam, alguns conhecedores, sobre a moda. A democratização e a exaltação. Confundem-se e divergem, como se não soubéssemos. A moda de rua ainda tem trejeitos que interessam e, sem desprimor, atestam e desafiam a moda de passarela. As cores são pontos de honra a cada estação a começar. Os tecidos e os cortes, as medidas e os corpos não perdem importância. Escrevo sem conhecimento de causa, pois a moda na minha existência não ultrapassa o que visto. O que me parece bem fica, o que não me atrai vai. Simples quanto isso. Arrepio caminho, escassas vezes, numa ou noutra peça que diriam os puritanos, é extravagante. Um assunto que não esmorece, porque como já ouvimos um sem número de vezes, a moda é cíclica. Não me acanho, mas não sou corajoso no instante em que me perguntam a opinião. Ou reconheço harmonia ou não vejo qualidades no que respeita à conjugação. Contudo, aceito de bom grado – e prefiro - uma companhia que opta pela verdade do que lhe assenta. Longe de ser um tipo cuja indumentária é um exemplo, prefiro assim. Embora, não poucas vezes, se me dirijam elogios que agradeço. Nisto como noutra temática, não importa a carapaça. Um dia sentas-te e ressaltam umas meias divertidas. Nunca se sabe. Que ganhe o melhor. De ti e para ti.  

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