21.4.14

Passa o tempo.

O fim-de-semana foi de maior. Não li jornais, nem revistas. Ouvi menos música no decorrer dos dias. Escrevi menos do que nos outros períodos. Vi-me mais vezes, e mais demoradas, ao espelho. Escolhi a roupa noutros moldes. É um género de rescaldo. Se é possível fazê-lo nos próximos meses. Foi um fim-de-semana de entusiasmo e dedicação. A recuar aos dias atrasados, estendendo o descanso, ansiado. A dinamização auferiu pontos extra. Nomes há que guardo sempre com saudade. Amizades que não têm definição. Gente que me carrega, de sorte e sensações, o núcleo da amizade. Nomes que, ao falar deles, quem me ouve já sente a verdade do que sinto. Já não fazem contas à infinita amizade. Por isso mesmo. Sair para jantar. Descer a rua de sempre, a falar sem reparar nos que passam. Sair para conversar e beber um café. Sair para estar e tomar algo. Sair, também, para tomar o pequeno-almoço. Falar, sem tabus. Contar, se surgir ocasião e necessidade. É um encontro de partilha. Um modo de participar nas nossas vidas. E torna-se numa estrada sem limite. A conversa não se esgota. Marcámos, apenas, uma hora. A de encontro. Daí para a frente, não sabemos. À noite, a brasa de ver o Benfica terminar o que havíamos discutido nos últimos tempos. Fez-se campeão. É um festival de raiz. Tudo isto. E isso basta. Não é preciso mais.

2 comentários:

  1. Raquel,
    É, porventura, uma questão fundamental de sobrevivência. Mas, como em todas as questões, maiores ou menores, é-nos difícil aceitar alguns moldes. Contudo, saber parar e viver bem com isso, é um passo de gigante :)
    Beijo.

    ResponderEliminar