20.1.15

Definitiva alegação.

Missiva pertinente e trafulha, esta de gostar sem reticências e missões infrutíferas. Cada feitio com o seu jeito. Sem drama digno das tábuas de um teatro. Sem divas de cartaz e cavalheiros de nome destacado. Mulheres reais, homens naturais. Fica sereno, pássaro de livre e fiel querer. Crê nas palavras e nos braços firmes. É ser alma inteira, comichão nas cordas vocais, paixão na pele e amor no coração. Chega, mansa e singela, a ligação que há em nós. Cria laços até deles não nos conseguirmos desenvencilhar. Como se não existisse eira nem beira. Como se fosse um conhecido adágio ecléctico. Como quando a verdade exige uma posição. Um caminho distante. Como quando festejar uma data qualquer não é uma vontade. Assim, nada importa. Vive o ano inteiro, guarda a surpresa no quotidiano. Chamar-lhe pelo nome, desvendar-lhe pelo olhar. É a vizinha presença, lado a lado na companhia. Avança cada passo, não deixa de recuar quando é o caso. Passam anos. Não se fazem contas. Não entende a ideia de concentrar. De num dia tudo partilhar. Corpo que não precisa de sossego. Entendes isso, génio mais lindo. Um dia feliz, é o que desejo. Seja um dia vazio, seja o dia da comemoração do primeiro dia da relação. Aplausos. E seguem caminho num harmonioso, contudo, distinto, acorde.

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