16.4.14

Impressão viva.

Ainda a fotografia. O tempo deseja, com frequência, pregar partidas. O céu tapado, a neblina a tomar conta de tudo. Os verdes ao redor, estão molhados. Não está frio, mas sente-se o ar. A taça que carrega os cereais atabalhoadamente misturados com o iogurte e a fruta, embora, colorido e agradávelmente apetitoso, disfarçam a hora de começar mais um dia. É precoce o horário. Marcámos para as cinco horas. Cinco horas da manhã e alguns minutos. Antes, parece-me sempre tão plausível. No momento, praguejo, desejando não mais me comprometer. O meu amigo ficou de me apanhar. Vamos fotografar, como outras vezes. Carregamos o material, meio sem norte, e vamos à procura da tal sensibilidade. Vamos até, ver se essa sensibilidade é intrínseca ou floresce de quando em vez. Procuramos, no meio disto, encontrar o nascer do sol. A luz e o enquadramento. Uma vez mais, testamos não mais do que o senso para a fotografia. E, quando a manhã já se aproximava da procura pela hora do almoço, encontramos um senhor, de mãos nos bolsos, numa caminhada sossegada, no sentido contrário ao nosso. Viramos à esquerda, queriamos aproveitar aquele ponto. E, quando reparamos, o senhor estava junto a nós. E ensinou-nos tanto. Conto depois. Vale a pena, garanto.

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