30.6.16

Confundir a espécie que prescinde.

Os estendais fascinam e chamam por todos e cada um. Lamento, mas cedo na generalização. As peças pouco importam, no meu conceito, porque é a janela em jeito de festividade de longa data que interessa e compõe as vistas. De adornos vários, com as peças a bebericarem por quem vai passando. O particular suporta o todo. Andei por aqui e além com a minha máquina fotográfica mais recente. Brinquei, passeei e guardei alguns resultados que não envergonham. Só para atalho do compromisso com a experiência. Não perdoo, no entanto, a difusão do geral, a vulgarização de temas e acções relevantes. A displicência conforme o alvo, também me incomoda. A banalização dos actos que são, em favor da democracia, pessoais e intransmissíveis – para aludir aos termos desusados – confunde. Quem os pratica, desajustados da realidade, factualidade e putativa nocividade, e quem os assiste. Os últimos, em não compreendendo, são grande parte do grupo dos inopinados lesados. E leva-se assim, numas mãos trémulas, pouco inclusivas e nada promotoras do progresso, o mundo. Os tais, que aventam sair do mesmo lugar, sofrem no imediato da escolha, antes mesmo da saída efectiva. Agudizam-se os comportamentos xenófobos, tão nefastos, perniciosos e, não se iludam, humilhantes para a nação, pátria de quem os pratica. Os discursos atirados para o ar, numa tentativa de que alguém, que não o vento, os apanhe e limpe. Há resultados, por seu turno, que jamais serão impecáveis. Por quaisquer tentativas que se sucedam, são maus resultados e que envergonham. Tanto mais, pela dimensão que têm e pela exposição da fragilidade de quem proclama firmeza e intelecto. Morre o compromisso, esquece-se a experiência. Enquanto isso, numa das ruas por onde andei, há estendais sem fim, gente que fala outra línguas, animais simpáticos e senhoras de idade avançada a cantarolar. O mundo não gira por acaso. Quem acredita é mais sabedor. Lastimo, mas cedo, uma vez mais, na generalização.

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