O
dia começou cedo, taciturno. A noite foi breve, quase inexistente. O olhar cai
sobre as horas definidas e parece mentira. Quase que me aventuro num praguejar
insonoro. Numa jura de não voltar a acontecer. Deixo para depois e num salto
sigo o caminho. Numa mensagem, os bons dias e o desejo de uma brincadeira
feliz. Tão enérgico quanto a genica matinal possibilita, despachei o que não
havia de ficar pendente. Uma manhã cheia, produtiva. Não ganho outro valor que
não a satisfação pessoal e dos que me acompanham. Merece sempre a entrega. Já
de regresso, a minha irmã mais nova fala-me, entusiasmada, do e-mail que
recebeu. Boas notícias. A eloquência invade-a nestes instantes. Sugere quase um
atropelo. Avança na linguagem rápida, capaz de dizer o mesmo noutro compasso.
Gosto de a ver viva, a sonhar com o amanhã. A desenhar outro dia. Gosto de, com
ela, partilhar horas sem fim. Às vezes dedica-me palavras bonitas e cumpro-me
nelas. Deixo-a respirar e devolvo-lhe as expectativas. Assim, com todas as
ganas. Alicerçar para realizar mais tarde é indispensável. O trajecto carece
desses regressos e retrocessos. Do avançar cauteloso, do voltar desgostoso. Da
partida e da chegada. Toma esta verdade jeitos de cliché, mas não tenho como
fugir. Bem utilizados, ficam-nos no ouvido, qual adágio popular. Não esboço
qualquer bocejo. Olho para as horas e não tarda, volto à vida pendular.
Acordar para boas noticias é sempre um bom acordar...mesmo quando os olhos custam a abrir. Que venha uma semana recheada de bons dias e bons despertar!
ResponderEliminarNada,
EliminarNessas condições, acordar será sempre a melhor das opções. Até porque, não raras vezes, o que está para vir come-nos o sono. Fosse sempre assim, e acordar teria outra fama. ;)