15.9.14

Assento de espera.

Um banco de jardim, numa noite destemida, pode ser a equação de um grupo. Juntam-se pessoas, num jardim da cidade, com o propósito de esperar e trocar prosa. Noite longa não tem preceito. Tem a alegria e a sinceridade no peito. Saiu-lhe a sorte grande. Como que dando elasticidade à sorte. Ao lado, sugerem que a sorte não se mede. Acontece. Ou surge, ou nunca vem. Ou constróis, ou alguém foge com ela. Ou trabalhas como se o mundo respirasse no compasso em que te desenvencilhas na corrida pela sorte, ou perde-la para sempre. Para um sempre que tem elástico como a sorte. Ao lado, um indivíduo desmente. O sempre não tem tamanho. Tem distância. Saiu-lhe a sorte grande de saber esperar. Sempre e pelo sempre eterno.

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